sábado, 13 de março de 2010

"Não acredito em sorte, 
destino ou 
azar."

Hoje foi mais um dia comum como todos os outros. E quando estava no meio das minhas obrigações com estudos, tirei a roupa e fiquei só de calcinha, sentei-me ao chão, encostada na cama, peguei o livro e voltei aos estudos, vou tomar banho. Já beirava meia-noite quando peguei a toalha, saí do quarto e fui ao banheiro, que estava sujo. Tive que lavá-lo antes de tomar banho. Após despir-me por completo, deixei a porta do box aberta e mergulhei na água que caía do chuveiro. Passei o sabonete líquido de pêssego da minha irmã pelo corpo, e meu esfoliante com estrato de manga nas pernas. Foi quando voltei a deliciar-me com as pancadas de água caindo sobre mim, que olhei fora do box e vi, sim, eu vi aquela ducha a me encarar com toda a autoridade impossível para uma ducha, era ameaçadora, controladora, como se estivesse me dando ordens, muda. E como antes, só a água quebrava o silêncio absurdo da minha submissão à ducha. Voltei à mim, terminei o que estava fazendo, fui até a pia, retirei as lentes, escovei os dentes e saí do banheiro sem me enxugar.Entrei no quarto, peguei outra toalha e me sequei. Tirei os chinelos que não eram meus, pisei molhando ainda mais o chão e não consegui rir do meu medo às ordens da ducha. E eu sabia que isso queria me dizer algo, só não sabia o que.














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